vontade de não ter
só essa tristeza acumulada
meus anos que nunca passaram
minha vida feita de um nada
tenho medo de ter
conquistar é perder
um pouco de tudo que vai morrendo
a cada vazio preenchido por outro adendo
me odeio demais
pra merecer meu amor.
11.2.12
14.8.11
embora
você ainda vai olhar para trás
e dizer que tanto faz
mas no fundo vai sempre saber
que deixar de ganhar também é perder.
1.8.11
remoto
não sei por onde ando
de vez em quando
não sei onde me engano
de vez
enquanto
eu puder ser o quem não quero
de nada eu espero
eu me enterro
e respiro entre escombros
do meu vazio eterno
o bom, o mal
o bem ilegal
te vestir de meu lar
o diferente é o normal
igual, imoral
te estar
à morar
amor, ar
amor há
entre o céu e a terra, o mar
tudo pode-se imaginar
a lua, o sol, a rua é tua
tudo pode ser imaginar
de vez em quando
não sei onde me engano
de vez
enquanto
eu puder ser o quem não quero
de nada eu espero
eu me enterro
e respiro entre escombros
do meu vazio eterno
o bom, o mal
o bem ilegal
te vestir de meu lar
o diferente é o normal
igual, imoral
te estar
à morar
amor, ar
amor há
entre o céu e a terra, o mar
tudo pode-se imaginar
a lua, o sol, a rua é tua
tudo pode ser imaginar
5.5.11
sobre vida
viver é prelúdio
de um exato final
de um subterfúgio
da fuga de ser animal
ordenado e corrompido
recluso e oprimido
a vida está onde se pode
onde se foge
onde se pode
onde se fode
o resto não é vida, é sobre.
de um exato final
de um subterfúgio
da fuga de ser animal
ordenado e corrompido
recluso e oprimido
a vida está onde se pode
onde se foge
onde se pode
onde se fode
o resto não é vida, é sobre.
29.3.11
refúgio
quem disse
que é preciso fugir
que é preciso sair
do meu corpo
desse caminho torto
quem disse
que tua palavra é maior
sua mão também treme
nunca tenha dó
do que você também teme
nem lembro teu gosto
desgosto
sua noite é escura
impura
de dia não te vejo
alegria
de dia não te vejo
não te beijo
quem disse
que é certo dizer
que é incerto o ser
o meu corpo
nem tão são e nem louco
quem disse
que sempre repete
a mesma manchete
um clichê de palavras vazias
sua lábia vadia
some na fumaça
desgraça
sua noite é doença
descrença
de dia não te vejo
eu sabia
de dia não revejo
não há beijo
alegria
não há beijo
alegria
não à beijo
agonia
não há beijo
alegria
não à beijo
agonia
não te vejo
não há dia
alegria.
que é preciso fugir
que é preciso sair
do meu corpo
desse caminho torto
quem disse
que tua palavra é maior
sua mão também treme
nunca tenha dó
do que você também teme
nem lembro teu gosto
desgosto
sua noite é escura
impura
de dia não te vejo
alegria
de dia não te vejo
não te beijo
quem disse
que é certo dizer
que é incerto o ser
o meu corpo
nem tão são e nem louco
quem disse
que sempre repete
a mesma manchete
um clichê de palavras vazias
sua lábia vadia
some na fumaça
desgraça
sua noite é doença
descrença
de dia não te vejo
eu sabia
de dia não revejo
não há beijo
alegria
não há beijo
alegria
não à beijo
agonia
não há beijo
alegria
não à beijo
agonia
não te vejo
não há dia
alegria.
25.2.11
extirpando
me corrompo mais além nestes pedaços
deprimidos de pequenos riscos
é colateral onde mais dói
me corrói mas não destrói
me sinto assim
uma corrosão na humanidade.
deprimidos de pequenos riscos
é colateral onde mais dói
me corrói mas não destrói
me sinto assim
uma corrosão na humanidade.
4.1.11
remundando
talvez seja melhor um mundo visto aqui de baixo
lá em cima muito se sonha
pés também flutuam em concreto
em medos corajosos, na confiante vergonha
e seja lá o que ele proponha
é o errado mais correto
é um não que vira sim
como estopim
na hora certa sem receio
então ficamos nesse meio
no tempo assim parado
onde o ponteiro vai e volta
para nenhum lado
e nesse eterno segundo
é esse nosso mundo.
lá em cima muito se sonha
pés também flutuam em concreto
em medos corajosos, na confiante vergonha
e seja lá o que ele proponha
é o errado mais correto
é um não que vira sim
como estopim
na hora certa sem receio
então ficamos nesse meio
no tempo assim parado
onde o ponteiro vai e volta
para nenhum lado
e nesse eterno segundo
é esse nosso mundo.
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